terça-feira, 9 de outubro de 2012

Carnaubal antropófago



Pesquisa revela que há mais de 400 anos atrás as terras carnaubalenses eram habitadas por indios da tribo dos Cararijus.

Levantando uma pequena ponta do emaranhado do véu do esquecimento, que encobre a história das terras que se localizam o atual município de Carnaubal, descobre-se um carnaubal primitivo habitada há mais de quatro séculos atrás por silvícolas que falavam uma linguagem um tanto mal entendida, pois era trêmula, e cantada.

Segundo os etnólogos e historiógrafos dos séculos XVII e XVIII as terras onde hoje se encontram encravado o território do município de Carnaubal eram habitadas primitivamente pelos ameríncolas tocarijus grei de tapuias que hoje de situação cultural e racial bem definida são denominados com o nome de Tarairiús (segundo Pompeu Sobrinho).
Pompeu Sobrinho classifica com tarairiús todas as nações que se expressavam na mesma linguagem dos Jondoins ou num dialeto a fim. Sendo Tarairiús as seguintes nações: os jondoins, os canindés, paiacus, jenipapos, jenipapoaçus, javós, camaçus, , irariús, os xucurus ou xocós os indígenas carnaubalenses os Tucurijus ou Tocarijus ou ainda Cararijus, destaque para estes últimos que se assemelhavam aos jondoins, em suas praticas antropófagas.
Mas quem eram esses indígenas e em quais escritos dos séculos mencionados se encontram essa informações que nos prova que esses indígenas existiram realmente e que esses habitavam primitivamente as terras carnaubalenses?

Os tocarijus os primeiro habitantes do território do município de Carnaubal?




Conhecidos pelos historiadores de tocarijus que o padre Luis Figueira denominava Cararijus grei de tapuias e por nossos antepassados comumente com o nome de tapuias. Os índios tocarijus foram os primeiros habitantes do território do município de Carnaubal. Tal informação é encontrada nos relatos deixado pelo padre jesuíta Luis Figueira na sua famosa Relações do Maranhão3onde este trata da epopéia travada por ele e por seu correligionário o Pe. Francisco Pinto, quando em viajem rumo à capitania do Maranhão, são emboscados pelos índios Tocarijus, que cuja ação culmina no assassinato do Padre Francisco Pinto na manhã de 11 de Janeiro de 1608 por estes mesmo indígenas, com golpes de pauladas na cabeça depois de inutilmente tentar pacificá-los.
Essa data ficou marcada como o final da primeira catequese realizada no território da antiga capitania do Siará Grande. Os fatos ocorridos nesta primeira missão catequética foram registrados numa famosa carta intitulada de Relação do Maranhão escrita pelo então Pe. Luis Figueira companheiro de jornada do Pe. Francisco Pinto e enviada no mesmo ano de 1608 ao seu superior geral da ordem o Pe.Cláudio Aquaviva, e publicado no 17.º volume da Revista do Instituto do Ceará, no ano de 1903, P. 97 à 140, pelo então Barão de Studart que conseguirá uma fotocópia desse documento, através do superior geral da Companhia de Jesus. Florival Seraine, o qual lhe foi entregue pelo jesuíta P. J. B. Van Meurs do limburgo holandês, cuja o original se acha guardado no arquivo S. J. Romanorum – em Roma.
Os mesmo silvícolas são citados pelo o holandês Matias Beck, em seu célebre Diário de sua expedição ao Ceará que menciona a existência desses silvícolas habitando as margens do rio Inuçu, sobre a Ibiapaba, nos atuais limites do Ceará com o Piauí.- Carlos Studart Filho, revista do Instituto do Ceará, vol. 55, p. 90; Estevão Pinto, obra cit. vol. 1, p. 136.


Onde se localizava o território dos Tocarijus?


O território dos Tocarijús segundo os escritos do Padre Luis Figueiras, tratavam-se da região de litígio entre as capitanias do Ceará Grande com a do Rio Grande, Essa antiga rota da Serra Grande tinha seu início em cima da Serra da Ibiapaba, na porção sul do antigo território da Capitania do Siará Grande, e se estendia em direção ao território da antiga Capitania do Rio Grande na divisa dessas duas capitanias.
Desse ponto rumava em direção ao oeste da mesma serra pela antiga ladeira Carnaubal, atual Estrada da Pedra, que liga os Estados do Ceará e Piauí, seguindo adiante na direção oeste e passando pelos atuais sertões piauienses, até chegar o leito do Rio Parnaíba, na atual divisa entre o Piauí e o Estado do Maranhão — naquela época, o território descrito como sendo da Rota da Serra Grande tratava-se de terras das Capitanias do Siara Grande e do Rio Grande pois o território da Capitania do Piauí só passou a existir no ano de 1621, 13 anos depois das estadias dos padres na Ibiapaba, de acordo com o relato de Carlos Studart Filho, em “A Capitania do Piauí”, publicado na Revista do Instituto do Ceará, nº. LXXX,página 113.
Esse território tratava-se de uma rota que esses indígenas habitavam e costumeiramente a usava se deslocando da Serra da Ibiapaba para o antigo território da Capitania do Maranhão. .






As Hipóteses sobre a localização do território Carnaubalense em relação aos escritos de Figueira.

A Primeira hipótese – que as terras que eram atribuídas no inicio do século XVII – 1608 – como sendo habitadas pelos Tocarijus faziam parte do território cearense, e não do Rio Grande como afirmara o Pe. Luis Figueira. Logo, os Tocarijus habitavam também o território cearense e estes devem ser incluídos na lista dos indígenas cearenses.

A Segundo hipótese – que as terras que eram atribuídas no inicio do século XVII – 1608 – como sendo habitadas pelos Tocarijus faziam mesmo parte do território da antiga Capitania do Rio Grande “Do rio Grande, que he a ultima povoação dos portugueses, ao maranhão são passantes de terzentas.
legoas, todas povoadas de tapuyas selvagens, que são tantos que não tem conta(...)” Carta de Luiz Figueira sobre as dificuldades da Missão do Maranhão, Revista do Instituto do Ceará, vol. 17. p.139..

Nesse escrito o Pe. Figueira deixa claro que as terras onde os Tocarijus ou Cararijus habitavam eram terras que pertenciam a Capitania do Rio Grande. Logo as terras carnaubalense faziam parte da Capitania do Rio Grande ou no mínimo os limites entre estas duas Capitanias Siará Grande e Rio Grande davam-se dentro do atual território do município de Carnaubal.

A Terceira hipótese – é que território do município de Carnaubal se localizava entre as duas Capitanias do Siará Grande e Rio Grande e que com a reorganização dos citados territórios no ano de 1621, feito pela Coroa portuguesa as terras que os Tocarijus habitavam levando em consideração os escrito do Diário Matias Beck. Conforme se lê na citação que se segue:

“pois há noticias deles habitando o riacho das Tabocas14 e o inuçu, sobre a Ibiapaba, nos atuais limites do Ceará com o Piauí” – Raimundo Girão, Historia economica do Ceará, 2.ª edição, 2000, obra cit., Carlos Sturdat Filho, Revista do Instituto do Ceará, Vol. 55, p. 90, obra cit., Estevão Pinto, vol. 1. p. 136.

A dita rota do da Serra Grande se dava mesmo no território carnaubalense. E parte das terras que pertenciam a Capitania do Rio Grande passaram a pertencer a Capitania do Ceará e uma parte e outra da Capitania do Rio Grande passou a pertencer a recém criada Capitania do Piauí em relação a parte meridional pois a parte setentrional fora desmembrado do território do Ceará conforme Carlos Studart Filho “Apenas uma área mui restrita do atual território piauiense integrou o estado do Maranhão, Quando êste se constituiu, em 1621 e, ainda assim, de maneira indireta, porquanto as aludidas terras pertenciam ao Ceará, cujos limites ocidentais alcançavam, então o rio Parnaíba.” Carlos Studart Filho - A Capitania do Piauí, publicado na Revista do Instituto do Ceará. N.º LXXX. P. 113.

Como se vê no mapa abaixo.







Essas hipóteses são deduzidas do escritos do referido Pe. Figueiras quando segundo este, da aldeia do Diabo Grande para o Local onde ocorreu o assassinato do Pe. Francisco Pinto era de 12 léguas de distancia. Conforme se lê na citação que se segue:

“já saído da aldeia do Diabo Grãde não quiserão tornar atras como eu queria e persoadia ao P.e enfim há poucos mais a diãte donde estávamos 12 leguas da aldeia, roçaram todos e fizerão casas onde o nosso mantim.to era palmitos e hus cocos cujos miolos são como bellotas na feição mas m.to secos e difficultosos emgolir senão emquanto são tenros, e quãto a farinha tinhamo-la p. relíquias, e sem outro cõduto mais q’ de quãdo em quãdo alguns peixinhos e por grãde festa huas favas secas cosidas sem azeite, nem vinagre, nem sal, muitas vezes desejávamos hua porção que os nosso negros comem nos collegios, mas não dexavamos de fazer b.o rosto a estas faltas lembrandonos q’ outros padres irmão nossos noutras partes do mundo os passariam tãbem alegremente por amor a Deus.” Padre Luís Figueira, Relações do Maranhão, Revista do Instituto do Ceará, vol. 17. p.110.


Do local do onde ocorreu o Assassinato do Padre Francisco Pinto, segundo o Pe. Luis Figueira para o local da aldeia dos Tocarijus ou Cararijus a distancia eram de 15 à 20 léguas. Conforme se lê na citação que se segue:


“Daqui serião como 15 ou 20 legoas a terra dos tapuyas chamados cararijus.” Padre Luís Figueira, relações do Maranhão, Revista do Instituto do Ceará, vol. 17. p.110



De certo analisando os adminículos deixados por Figueira nos seus escritos sobre nossa proto-história. Tais escritos nos dão segurança em afirmar que o território em questão antes da reorganização do território das capitanias hereditárias, de certo eram terras habitadas pelos tocarijus e de certo também que estas eram terras pertencentes à Capitania do Ceará antes ou depois da dita reorganização das terras do Brasil colônia.

Notas para Historia do território carnaubalense

Ascendência e localização geográfica de onde procede a origem dos Fonteneles de Carnaubal

O Cap. Jean Fontanailles foi filho de Jean Pierre Fontanailles e Suzana Molinier todos naturais da cidade de Melun França. Conforme se lê na citação que se segue:

“Aos vinte e oito de setembro de mil setecentos e oitenta e um nesta matriz de Nossa senhora da Assupção de Villa Viçosa Real bautizei; e pus os sanctos óleos a jacinta nascida de quinze dias filha legitima do Capmo João Fontenelles e Umbelina Maria de Jesus nepta paterna de Joan Pierre Fontenelles e Zusana Molinier, materno de Manoel Gonçalves de Brito e Roza Maria de Jesus os paternos naturais de melun, os maternos da Ilha da Madeira, e ela de Jacobina. Foram padrinhos o Sargento Mor Luiz de Amorim Barros e sua mulher Antonia Maria da Conceição todos moradores nesta Vila e para constar fiz este assento. O vigário José Sancho Lelou, coadjuntor ” livro 2- Fl. 103, da Freguesia de Vila Real de Viçosa.
Melun é uma cidade Francesa fundada por volta de 53 a.C foi destruída muitas vezes e tornou-se residência real sob os primeiros reis Capetos. Carlos, o mau, apoderou-se da cidade entre 1358-1359. Os ingleses aí se introduziram em 1420 e foram expulsos em 1430. Em 1450 Henrique IV a salvou das mãos dos seguidores da liga. Atualmente ela faz parte da regiões metropolitana francesa chamada de Île de France (Paris) e sua localização está a uma distancia de 50km da cidade de Paris. Conforme se vê no mapa abaixo:
França e suas Regiões metropolitanas abaixo destacado a região metropolitana de Île de France (Paris).

Île de France (Paris) – Em torno de Paris, a Île-de-France é uma região cheia de efervescência, de lazer e de contato com a natureza.
Na Ile-de-France, natureza e cultura compõem a visita. Com nove cidades reais, diversas vias navegáveis, mais de 400 parques e jardins, aldeias medievais ou abadias cistercienses, a Île -de-France é uma terra com patrimônio único e fascinante: Versalhes, Fontainebleau, Provins ou ainda as margens do Rio Oise são brilhantes exemplos disso. Fonte:http://br.franceguide.com/Destinos/Franca/Regions/Ile-de-France/home.html?NodeID=159

A descendência de Jean Fontanailles

Jean Fontanailles casou-se com Umbelina Maria de Jesus, no ano de 1766, esta filha do português Manoel Gonçalves de Brito e Roza Maria de Jesus. Dessa união conjugal tiveram 10 filhos: Felipe Benício Fontenele; Rosa Maria Fontenele; Guilherme José Fontenele; Agapita Fontenele; Paulo Fontenele; João Damasceno Fontenele; Plácido Fontenele; Lunduvica Fontenele; Jacinta Maria Fontenele e Amaro Fontenele.

Entre esses dez filhos de Jean Fontanailles destacamos o sexto. O Major João Damasceno Fontanailles ou Fontenelles.

João Damasceno Fontenelles, nasceu 1788 em Viçosa, casou-se com Francisca dos Santos Reis em 25 de março de 1808 em Vila Real de Viçosa conforme se lê na citação que se segue:

“Aos vinte e cinco dias do mês de Março de mil oitocentos e oito nesta Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assumpsão ...etc...presente as testemunhas Capitão Paulo Fontenele, solteiro e o Tenente Ignácio João Barcelos, casado moradores na Villa..se receberão por palavras de presente em face da Igreja João Damasceno Fontenele filho legitimo de João Fontenele e Humbilina Maria de Jesus com Francisca dos Santos Reis filha legitima de Antonio Vaz dos santos e Clara Maria Rodrigues logo lhes dei as benções... ” Livro 3 de casamentos da Freguesia de Vila Real de Viçosa fl. 60 – arquivo do Bispado de Tianguá-Ce

João Damasceno Fontenele faleceu em Piracuruca em 5 de Junho de 1874, com 96 anos de idade, foi sepultado no cemitério da confraria de Nossa Senhora do Carmo, conforma registro a seguir:

“Aos cinco de junho de mil oitocentos e setenta e quatro nesta Villa e Freguesia de Nossa Senhora do Carmo de Piracuruca faleceu da vida presente, o Major João Damasceno Fontenelle, branco, viúvo de Dona Francisca dos Santos Reis filho legitimo de João Fontenele e de Dona Umbelina de tal, com idade de oitenta e seis anos e oito meses. Foi seu corpo envolto em habito de pano preto tomou todos os sacramentos da Igreja antes de sua morte e foi seu corpo depois de assistir a missa de corpo presente pelo padre Costabile Belti sepultado no cemitério da Confraria de Nossa Senhora do Carmo... O vigário Maximo Martins Ferreira” (Liv. 4- fl. 109)


Obs. Dona Francisca dos Santos Reis faleceu de moléstia crônica e incógnita, em 10 de novembro de 1861, e foi sepultada no cemitério da Confraria do Carmo, em Piracuruca. Conforme se lê no livro 3. folha 168. Paróquia de Piracuruca – Pi.

O estabelecimento dos Fonteneles em solo carnaubalense

O estabelecimento da família Fontanailles no território carnaubalense remonta a união conjugal de três filhas do Major João Damasceno com três filhos de João da Silva Sampaio.

João da Silva Sampaio com Carlota Roza Fontenelles
Antonio da Silva Sampaio com Francisca Alexandrina Fontenelles.
Norberto da Silva Sampaio com Luduvica Ignes Fontenelles.



João da Silva Sampaio casou-se com Carlota Roza Fontenelles aos oito de janeiro de mil oito centos e quarenta nesta Matriz de Nossa Senhora D’assunpção de Villa de Viçosa. Conforme se lê na citação que se segue:

“Aos oito de janeiro de mil oito centos e quarenta nesta Matriz de Nossa Senhora D’assunpção de Villa de Viçosa pelas oito oras da manhã depois de feitas as denunciações canônicas e diligencias de estillos em presença do vigário interino Maximiniano José Valcaem se receberão em matrimonio João da Silva Sampaio filho de João da Silva Sampaio já falecido e de Bárbara Maria de Jesus com Carlota Roza Fontenelles filha legitima de João Damasceno Fontenelles e Francisca dos Santos Reis os nubentes naturais e moradores nesta freguesia; e logo receberão as benções núpcias, sendo testemunhas Amaro José Fontenelles e José Ignácio de Sampaio todos desta freguesia, e por falecimento do dito vigário fiz este assento e assigno o vigário interino João Crissostomo de Oliveira Freire” (segunda via do livro de casamento de nº. 08 Fl. 98 da antiga freguesia de Nossa senhora da Assumpção da Vila de Viçosa encontrado no arquivo da cúria da Diocese



Antonio da Silva Sampaio casou-se com Francisca Alexandrina Fontenelles aos trinta de julho de mil oito centos e quarenta e sete nesta Matriz de Nossa Senhora D’Assumpção de Villa de Viçosa.

“Aos trinta de julho de mil oito centos e quarenta e sete nesta Matriz de Nossa Senhora D’Assumpção de Villa de Viçosa de pois de corrido os banhos sem impedimento algum .... em minha presença receberão em matrimonio por palavras de presentes Antonio da Silveira Sampaio filho natural de João da Silva Sampaio já falecido e de Bárbara Maria de Jesus com Francisca Alexandrina Fontenelles filha legitima de João Damasceno Fontenelles e de Francisca dos Santos Reis os nubentes são naturais e moradores nesta freguesia foram testemunhas João da Silva Sampaio Francisco dias Fontenelles e logo lhes dei as benções núpcias pelo Ritual Romano para consta... o Vigário José Bevilaguá ” (segunda via do livro de casamento de nº. 08 Fl. 98 da antiga freguesia de Nossa senhora da Assumpção da Vila de Viçosa encontrado no arquivo da cúria da Diocese

Norberto da Silva Sampaio casou-se com Luduvica Ignes Fontenelles aos quatro de fevereiro de mil e oitocentos e cinqüenta e um na Matriz de Piracuruca Piauí, ele Natural da Freguesia do Ipu. Foram testemunhas desse casamento o Capitão João Martiniano Fontanailles (seu irmão) e Domingos de Britto Passos.

Luduvica faleceu de parto, em Piracuruca, no dia 9 de maio de 1877. O registro de Óbito (liv. 4 – fl. 140) diz que contava ela, na época, 44 anos de idade.

domingo, 31 de agosto de 2008

Estudos Histórico-Coreográficos
do Município de Carnaubal

Pesquisa recente em novos documentos revelam que a construção do território do espaço geográfico carnaubalense remontam o final do século XVIII e inicio do século XIX. Contudo a Historicidade de sua terra é bem mais antiga do que se pensa. Trata-se da Proto História do Território carnaubalense, que compreende desde a formação do seu solo ao aparecimento do homem primitivo.

A Idade e evolução do território carnaubalense
Em cada era geologica ocorrem vários acontecimentos importante da história da Terra. Pode-se identificar estes acontecimentos a partir de sinais deixados ao longo dos anos pela própraia natureza. Dentre os principais vestígios do passado encontrados no terirrtório carnaubalense mecerce destaque um grupo de afloramento de rochas localizados na porção ocidental território deste municipio, neste grupo de rochas encontam-se pistas que nos indicam que território carnaubalense teve sua origem na era Paleozóica. Isto nos leva a crer que formação do território do municipio de Carnaubal está datada mais ou menos entre os períodos Siluriano ou Devoriano da Era Paleozóica.



Como elas fazem parte do mesmo grupo de formações geológicas encontradas no Parque Nacional de Sete Cidades do estado do Piauí, as quais segundo os geológos os afloramento rochosos desse lugar, tem sua origem segundo a escala geológica na era Paleozóica, que durou aproximadamente 435 milhões de anos. Daí a nossa dedução, pois nossa formação academica é de geografo, e entendemos só o basico de geologia, como por exemplo que a era Paleozóica, que durou aproximadamente 435 milhões de anos e que abriga 6 períodos onde temos a ocorrência da diversificação de vários espécies animais e vegetais (peixes,insetos e répteis). Nessa era temos a existência do supercontinente Pangéia, e é também quando se tem de fato a ocupação dos continentes pelas plantas. O aumento da quantidade de oxigênio e de ozônio na atmosfera foi um dos principais responsáveis pela expansão da vida. Isso se da principalmente porque a atmosfera já se estabilizava quanto a temperatura.
As formações rochosas encontradas no Lugar Torres
As formações rochosas encontadas no lugar Torres são ainda desconhecido pela comunidade cientifica. O local é de difício aceso e apresenta-se em excelente estado de preservação, pois é coberto pela vegetação do carrasco, que é a predominante naquela região do fost custa da Serra da Ibiapaba. O local é conhecido popularmente por as Torres denominação dada pelos populares que morram próximo destes afloramentos rochosos devido os afloramentos rochosos se assemelhar a grandes torres e edifícios modernos, comparados por estes moradores com uma verdadeira cidade de pedra. Acredito que estes monumentos magnífico constituído pela própria natureza, sua rochas tenham sido resfriada na Era Paleozóica provavelmente no Período Devoniano ou Siluriano, pois são semelhantes aos mesmo encontrados em outros municípios do Estado vizinho do Piauí no mesmo território da bacia sedimentar do Parnaíba o qual o território carnaubal também, faz parte.
Localização das Torres de pedra:
Estas formações rochosas estão localizadas na porção oeste do município de Carnaubal próximo a região de litígio do Estado do Ceará com do Piauí, distante +ou – 18km da cidade de Carnaubal na localidade do Campestre.
Informações sobre a Bacia sedimentar do rio Parnaíba

A Bacia Sedimentar do Parnaíba (ou do Maranhão), que abrange os Estados do Piauí (75%), Maranhão (19%) e Ceará (6%), drena uma área de 339.390 km. As faixas mais antigas são também da era paleozóica e têm em geral origem marinhaA bacia sedimentar do Parnaíba é a principal da região do nordeste brasileiro. Os principais sistemas aqüíferos (SDsg: Serra Grande, Dc: Cabeças e Cpi: Piauí) correspondem aos sedimentos paleozóicos, constituídos, em geral, por arenitos médios e grosseiros, predominando sobre siltitos, folhelhos, ardósios ou calcários.Prosseguem a prospecção de carvão na Bacia sedimentar do Parnaíba (Piauí - Maranhão) onde finas camadas de carvão de excelente qualidade já foram detectadas. Está provada, pelo menos, a existência de condições de formação do mineral. Resta encontrar a concentração. É certo que em uma área imensa como a mencionada Bacia Sedimentar, uma prospecção de anos seguidos e centenas de furos serão necessários para que se obtenha qualquer resultado definitivo - favorável ou desfavorável.



Comparações visuais das formações rochosas encontradas no lugar Torres município de Carnaubal no estado do Ceará com as formações rochosas encontradas no Parque Nacional de Sete Cidades No Estado Piauí.
Nas Torres de pedras do município de Carnaubal o casco de tartaruga é a figura mais comum encontrada nas formações rochosas. Esta forma notabiliza-se pelas feições poligonais, cobertas por liquens.


A tartaruga é também a feições mais conhecida na sexta cidade do Parque Nacional das setes cidades. Ela são formas cobertas por polígonos, em sua maioria pentagonais, que normalmente intrigam o geólogo tanto pela sua origem como pelo seu processo de formação. Conforme pode-se visualizar e compara-las as fotos abaixo:

Foto 01

Foto 02





Foto 01: Casco de tartaruga. Sexta Cidade. Esta forma notabiliza-se pelas feições poligonais, cobertas por liquens.

Foto 02: Fotos panorâmica das Torres de pedras do município de Carnaubal o casco de tartaruga é a figura mais comum encontrada nas formações rochosas. Esta forma notabiliza-se pelas feições poligonais, cobertas por liquens.
Alguns geólogos acreditam que estes polígonos são uma herança de condições glaciais à época de deposição da areia. Fortes (1996) considera-as como fendas de contração, onde a água de chuva escavava polígonos escalonados. Na realidade, os polígonos são feições comuns em Sete Cidades e em outra localidade ruiniforme, os Alpes de Buriti, próximo a cidade de Picos, na porção centro leste da Bacia do Parnaíba, e agora sendo também conhecidas a sua presença no território do município de Carnaubal do Estado do Ceará, na porção nordeste da Bacia do Parnaíba.
Fora as atrações geológicas existe também inscrições rupestres nas paredes das rochas. Estas inscrições foram datadas pelo método do 14C com uma idade presumível de 6000 anos e foram interpretadas como mostrando diferentes situações, bem como conceitos religioso. Como veremos a seguir:

Informações sobre geológicas e de legalização sobre o Parque Nacional das Sete Cidades - Piauí

A topografia do Parque Nacional das Sete Cidade ruiniforme imita formas que lembram pessoas, animais e coisas, como tartaruga. Como as formações encontradas no Parque Nacional de Sete Cidades que fica localizado nos territórios dos municípios piauienses de Piracuruca e Piracuruca e Piripiri, entre as coordenadas 04o05’ e 04o15’ de latitude sul e 41o30’ e 41o45’ de longitude oeste. A área total é de 6.221 hectares. As encontradas no território Carnaubalense encontra-se também na porção proximal de um lobo deltaico. Desta maneira, apresenta feições de sedimentação fluvial e deltaica. Areia de grão médio é a moda, mas conglomerado de cascalho e silte são também encontrados. Várias estruturas sedimentares podem ser reconhecidas nos afloramentos.



Estratificação cruzada acanalada, estratificação sigmoidal, climbing ripples, e a estratificação plano-paralela são as principais feições sedimentares. Feições em forma de torre, são separadas por paredes verticais abruptas e indicam claramente o trabalho da água de chuva e do vento, controlado por planos de fratura.

A Escola Pictória carnaubalense surgiu há 23 mil anos atrás


Segundo alguns pesquisadores, essa, diríamos escola pictória surgiu há 23 mil anos, talvez antes, e foi praticada até pelo menos 6 mil anos atrás. Seu epicentro foi a área hoje ocupada pelo Parque Nacional Serra da Capivara, onde se irradiou para outros estdaos do Nordeste e inclusive para a Serra da Ibiapaba no território do Municipio de Carnaubal e de outros municipios ibiapabanos.

Apesar de predominante,a tradição Nordeste não é a única presente na Serra da Capivara comotambém na Serra da Ibipaba. Outra Importante tradição (...) é a tradição litoranea aparece em terras ibiapabanas no município de Carnaubal, no lugar principalmente no Grutião, a tradição litoranea tem sua origem nas regiões proxmas ao litoral e sua origem é provavemente mais recente de que a da tradição Rupestre, a presença destas inscrições rupestres é devido a rota da Serra Grande ter sido usadas também por indigenas como os tremembés que habitavam o litoral e o sertão, que devido as inimizades tinham que desviar caminho do litoral por cima da Serra da Ibiapaba tomar a antiga Rota da Serra Grande para atingir o Rio Parnaiba e deste chegarem aos sertões do Maranhão.

A ascendência dos Indigenas Carnaubalenses



Para melhor visualização do mapa click sobre ele com o lado direito do mouse


Dentre todo território brasileiro são encontradas nove tipos difrentes de pinturas rupestres. Conforme as semelhanças de temas e estilos, elas são agrupadas pelos arqueologos em tradições. Ao todo existem no Brasil nove tradições: Amazônica, São Francisco, Planalto, letorânea, Geometrica, Meridional, Nordeste e Agreste.

Todas elas foram feitas em epocas distintas e por povos diferentes, as pinturas rupestres contam a tragetória dos grupos humanos nessa parte do mundo. Acredita-se que elas já acompanhavam os primeiros humanos desde a chegada no continente americano migrados, sejam da África ou da Oceania. As pinturas rupestre encontradas no território carnaubalense são encontradas apenas no Nordeste brasileiro. Dentre todo território brasileiro são encontradasnove tipos difrentes de pinturas rupestres. Conforme as semelhanças de temas e estilos, elas são agrupadas pelos arqueologos em tradições. Ao todo existem no Brasil nove tradições:Amazônica, São Francisco, Planalto, letorânea, Geometrica, Meridional, Nordeste e Agreste.

Todas elas foram feitas em epocas distintas e por povos diferentes, as pinturas rupestres contam a tragetória dos grupos humanos nessa parte do mundo. Acredita-se que elas já acompanhavam os primeiros humanos desde a chegada no continente americano, sejam da África ou da Oceania.

Observe no mapa ao lado a distribuição das pinturas rupestres encontradas ao longo do território brasileiro. Elas foram agrupadas em oito tradições, conforme suas semelhanças.

Dentre as nove tradições a mais antiga e complexa tradição de arte rupestre brasileira é a Nordeste, é um tipo de pintura com alta carga narrativa. São desennhos geralmente em tons vermelhos, as vezes com algum amarelo e eventualmente outras cores. Uma representação classica da tradição Nordeste é a de uma árvore, como se estivessem prestando uma reverêencia ao vegetal.

A Proto-História Carnaubalense


Resquisios da ocupação dos Tocarijus
ou de seus ancestrais?

É importante saleintar que além dos pontos de referencia usados pelo Pe. Luis Figueira existem ao longo dessa antiga rota uma grande quantidade de locais com pinturas repestres moradores, desses locais acreditam que as inscrições nas rochas foram feitas pelos indígenas, aos quais atribui-se o massacre do padre Francisco Pinto, há 400 anos, nas primeiras Missões Jesuítas no Estado do Ceará. Esses indícios fortalecem a hipótese de que o martírio do jesuíta aconteceu, de fato, em terras de Carnaubal.


As fotos tiradas na localidades na região de litigio entre o municipio de Carnaubal com o Estado do Piauí. Como pode ser obersevado no mapa acima, essas pintura tratam-se da tradição da tradição Nordeste.“Entre vegetação nativa, rochas e grutas, há indícios da tribo dos índios Tocarijus. Moradores acreditam que as inscrições nas rochas foram feitas pelos indígenas, aos quais atribui-se o massacre do padre Francisco Pinto, há 400 anos, nas primeiras Missões Jesuítas no Estado do Ceará. Esses indícios fortalecem a hipótese de que o martírio do jesuíta aconteceu, de fato, em terras de Carnaubal.” (Diário do Nordeste – Caderno Regional de 09/01/2008)

quarta-feira, 15 de agosto de 2012



Questões histórica ligadas a construção do espaço geográfico  carnabalense

1 -Questão Política: existia uma espécie de rixa histórica entre as dioceses que  dirigiam as paró-quias de São Gonçalo da Serra dos Cocos com a que dirigia a de Viçosa.

a) Fato agravante: o território do Sitio São Vicente localizava dentro dos dois territórios das duas dioceses e o rio inhuçu servia de limites entre elas.
Por isso, os padres de Viçosa não podiam realizar atividade religiosa dentro do território que pertencesse à outra paróquia, que era a porção do território carnaubalense povoado.

2 - Questão econômicaMesmo sendo uma atividade religiosa, o serviço religioso gera divisas, e naquele tempo, existiam poucos habitantes. O que fazia o lado econômico de uma paróquia buscar e atrair habitantes em torno de suas igrejas para arrecadar recursos financeiros para sustentar o seu funcionamento.  

PERGUNTAS:

1ª Pergunta: quem era que tinha interesse em construir uma capela para atrair as pessoas que moravam do lado esquerdo das margens do rio Inhuçu, e nesse local essas pessoas podessem edificar casas em torno da igreja, e fixar morada? Quem era?

Resposta os padres de Viçosa! 

a) Fator implicante: aí é onde entra a compreensão da escolha do local. A construção é motivada, não só por motivo religioso mas, principalmente por motivo político(isto é, que tinha que ser do lado direito da margem do rio inhuçu) e também econômico. Os padres de viçosa precisavam prestar serviços religiosos à população do território de Carnaubal que moravam do outro lado do rio (margem esquerda) para arrecadar recursos financeiros.
  
Contextualizando

Até antes do inicio da construção da Igreja de N.S Auxilaidora, em 1869, o que fica evidênciado no território car-naubalense é que provavelmente os padres (que eram jesuitas, religiosos que viviam em missões), tenham fincado um grande cruzeiro nos limites de sua área missionária como era de costume deles, no caso, à mar-gem direita do riacho inhuçú. Lo-cal este onde reuniam habitantes  de diversos sitios próximos, e lá realizavam as desobrigas dos fiéis.
Mesmo depois da expulsão dos jesuitas do Brasil e mesmo depois da construção de uma capela em São  Benedito, o local do cruzeiro ainda continuou sendo uma refe-rência para a realização da deso-briga dos fiéis do lugar São Vicen-te, que já era conhecido como Carnaubal, devido a existência de um agromerado de de carnaúbas (um carnaubais).